Protocolo
Protocolo baseado em evidências científicas para o tratamento não transfusional de anemia mediante o uso apropriado de ferro e eritropoietina.
Protocolo
Sem transfusão de sangue alogenico
Protocolo baseado em evidências científicas contendo um GUIA FARMACÊUTICO completo com os principais hemostáticos sistêmicos e tópicos para o manejo de sangramento.
Elas existem. São seguras. São eficazes. Salvam vidas. Poderá ser a única opção para tratar anemia e salvar uma vida.
O melhor sangue que um paciente pode receber numa transfusão é o seu próprio sangue. O sangue com seu próprio DNA.
Recomendações OMS
“Reduza a necessidade de transfusões..."
"...Alternativas simples à transfusão são mais seguras e custo-efetivas”
Opções/Alternativas às Transfusões
Elas existem! São seguras, eficazes e salvam vidas. Poderá ser a única opção para tratar anemia e salvar uma vida.
Segurança transfusional
O melhor sangue que um paciente pode receber numa transfusão é o seu próprio sangue. O sangue com seu próprio DNA.
Recomendações da OMS
Hospitais em todo mundo buscam instituir protocolos e/ou estratégias para se racionar o consumo de sangue seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde.
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FUNDAMENTO: As transfusões de sangue são, na atualidade, um dos procedimentos médicos mais realizados no mundo. No entanto, a literatura médica evidencia uma relação entre o uso de sangue alogênico (doado) e maiores complicações, incluindo, maior mortalidade. Mundialmente, observa-se uma deficiência no conhecimento médico sobre a prática transfusional.
Estratégias de conservação (gerenciamento) do sangue do paciente (Pacient Blood Management – PBM), na área de Medicina Transfusional, tem mostrado por meio de publicações científicas de impacto, um melhor desfecho clínico, com redução de morbimortalidade para os pacientes e custos para o sistema de saúde. A real e acentuada escassez dos estoques de sangue, principalmente durante a pandemia de COVID-19, tem incentivado a busca URGENTE por opções terapêuticas às transfusões de sangue.
Objetivos:
1. Mudar a prática transfusional atual, mediante a aplicação de PROTOCOLOS cientificamente seguros e eficazes para o TRATAMENTO DE ANEMIA e MANEJO DE SANGRAMENTO sem o uso de sangue alogênico, baseado nas evidências científicas de uma medicina moderna.
2. Ajudar os Bancos de Sangue a ECONOMIZAR seus principais HEMOCOMPONENTES (glóbulos vermelhos, plasma e plaquetas).
Perguntas e Respostas
A anemia, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é definida como o nível de hemoglobina abaixo de 13,0 g/dL para homens, 12,0 g/dL para mulheres não grávidas e 11,0 g/dL para mulheres grávidas. É ainda considerado anemia as crianças de 6 a 60 meses com hemoglobina abaixo de 11,0 g/dL, as crianças de 5 a 12 anos com hemglobina abaixo de 11,5 g/dL e nos adolescentes de 12 a 15 anos quando hemoglobina estiver abaixo 12 g/dL.
Não. Felizmente, em nossos dias temos várias opções de tratamento para salvar a vida de um paciente com anemia grave. Estas alternativas envolvem estratégias clínicas e cirúrgicas para tratar anemia e/ou evitar a perda de sangue. Para isto é necessário equipamentos, máquinas, técnicas e medicamentos específicos.
Resposta: o seu PRÓPRIO SANGUE.
Este sangue tem a sua marca registrada: os seus antígenos, os seus anticorpos, ou seja, um sangue com seu DNA. Portanto sem nenhum risco de reação imunológica ou inflamatória.
COMO CONSEGUIR ISSO?
Resposta: através de um programa MUNDIALMENTE conhecido como PBM (Patient Blood Management), ou seja, um programa de conservação de sangue do próprio paciente.
Visando uma redução no consumo de sangue e seus componentes, a Organização Mundial de Saúde (OMS) mediante três pilares guia a gestão de sangue do paciente (PBM): http://apps.who.int/gb/ebwha/pdf_files/WHA63/A63_R12-en.pdf
Primeiro pilar: tomar todas as medidas para otimizar a massa eritrocitária do paciente;
Segundo pilar: minimizar a perda de sangue do paciente;
Terceiro pilar: otimizar, cooperar com a tolerância fisiológica de cada paciente à anemia
O Primeiro Pilar diz respeito a tratar toda e qualquer ANEMIA, com medicamentos: sulfato ferroso ou sacarato de hidróxido férrico, ácido fólico, vitamina B12 e quando necessário usar eritropoietina, darbepoietina ou CERA (continuous erythropoietin receptor activator). Estima-se que dois bilhões de indivíduos sejam anêmicos e que a deficiência de ferro ocorra em cerca de quatro bilhões de indivíduos ao redor do mundo.
O Segundo Pilar é onde temos as duas principais estratégias que permite utilizar sangue do próprio paciente:
I – Autotransfusão intraoperatória
Através de um equipamento/máquina conseguimos recuperar o PRÓPRIO SANGUE do paciente que seria perdido durante a cirurgia. Como já dissemos este sangue recuperado tem o DNA do próprio paciente. Pode ser reutilizado e não representa uma homotoxina (“corpo estranho”). Quando não recuperado, infelizmente vai para a lata de lixo junto com gases e compressas. Trata-se de uma verdadeira reciclagem de sangue (Foto 1).
Esta recuperação de células vermelhas (hemácias) durante a cirurgia é uma excelente alternativa ao sangue alogênico (doado), principalmente pelos benefícios, tais como: disponibilidade imediata de sangue fresco, diminuição das complicações pós-operatória, redução do número de dias de internação e de infecções associadas, redução de morte, bem como diminui a demanda de sangue homólogo (bolsas).
O custo deste procedimento é aproximadamente o mesmo preço de uma a duas bolsas de sangue, quando consideradas todas as atividades envolvidas na transfusão de sangue.
II – Hemodiluição Normovolêmica Aguda
Esta é uma das opções de tratamento mais simples e barata para se utilizar seu PRÓPRIO SANGUE em uma cirurgia. Consiste na retirada de uma, duas, três ou mais bolsas de sangue do paciente no início da cirurgia, sendo substituído por soluções cristaloides e/ou coloides como expansores do volume do plasma, para manter a normovolemia (volume circulante). Este sangue ficará a disposição do cirurgião para ser usado no momento apropriado, normalmente no final da cirurgia. Se ocorrer algum sangramento na cirurgia, teremos menos perda de sangue, já que estará mais diluído. Este sangue armazenado tem o DNA do paciente, sem risco de reações imunológicas. O custo deste procedimento é de aproximadamente U$20,00 (vinte dólares) ou R$70,00 (setenta reais), que seria o custo de duas bolsas de coletar sangue vazia (Foto 2).
O Terceiro Pilar é um dos principais do programa PBM.
A MELHOR TRANSFUSÃO de sangue é aquela que NÃO RECEBEU.
Pesquisas demonstram que o ser humano tolera/suporta níveis críticos de anemia. Por outro lado, a prática médica transfusional, as vezes, chega a 100% em vários hospitais, principalmente, em cirurgia cardíaca.
O PACIENTE tolera anemia, o MÉDICO não tolera anemia.
A OMS reconhece que a segurança do paciente transfundido com sangue alogênico (doado) fica seriamente comprometida pelo uso excessivo e desnecessário de transfusões de sangue, de plasma e derivados, transfusões não seguras e erros transfusionais (principalmente na cabeceira do paciente).
Preocupada com os riscos relacionados à prática transfusional tradicional, realizada com bolsas de doação, a OMS, incentiva fortemente a criação de um programa de conservação de sangue do próprio paciente (PBM). Verifica-se nesta última década, que a veracidade destes fatos está cada vez mais evidente pelas pesquisas científicas publicadas por diversos pesquisadores nacionais e internacionais.
Para finalizar a própria OMS recomenda “…reduzir transfusões desnecessárias para minimizar os riscos associados com a transfusão; usar alternativas à transfusão, sempre que possível, e a prática clínica de transfusão boa e segura, inclui gerenciamento de sangue do paciente”. Organização Mundial de Saúde. Segurança e disponibilidade do sangue. Revisado em Junho de 2015. http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs279/en/
Portanto, é importante tornar conhecido as principais opções de tratamento às transfusões para economizar hemocomponentes, que já se encontram escassos nos bancos de sangue. Conforme evidência do mundo real.
Quando se tem o propósito e o envolvimento multiprofissional, do clínico, do cirurgião, do anestesiologista e/ou do médico de terapia intensiva, para gerenciar e conservar o sangue autólogo (sangue da própria pessoa) é possível realizar cirurgias graves e complexas sem o uso de sangue de outra pessoa (alogênico).
O MELHOR e mais seguro SANGUE para TRANSFUSÃO é o seu PRÓPRIO SANGUE.
A MELHOR TRANSFUSÃO de sangue é aquela que NÃO RECEBEU.
A medicina não fornece esta resposta. Em 1942, o médico John Lundy acreditava que uma pessoa com hemoglobina igual ou inferior a 10 g/dL colocava o paciente em risco de morte, por isso propôs transfusão de sangue para todos os pacientes que estivessem com anemia e nível de hemoglobina abaixo desse valor. Infelizmente, essa ideia perdurou por mais de meio século. Após o ano 2000 o risco de morte do paciente com anemia passou a ser considerado quando estivesse com hemoglobina abaixo de 8 g/dl.
Felizmente, a medicina evoluiu muitíssimo na última década, e uma das principais descobertas na área transfusional foi que o ser humano tolera não apenas 8 g/dL de hemoglobina, mas sim níveis extremamente baixos de anemia. Pesquisas recentes evidenciam sobrevivência de pacientes mesmo em estado de anemia grave, crítica. O Dr. Graffeo relatou que seu paciente atingiu nível de 1,9 g/dl de hemoglobina e não morreu. A Dra Liana Araújo relatou que sua paciente sobreviveu mesmo após atingir nível de hemoglobina de 1,4 g/dl.
Outro caso descrito nos resumos de publicações nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia (Janeiro de 2015) foi de um paciente que atingiu 2,9 g/dl de hemoglobina e com necessidade de hemodiálise. Para muitos médicos estes valores seriam incompatíveis com a vida. Todos estes sobreviveram sem o uso de sangue e seus componentes. Mas para deixar evidente que existe uma tolerância individual de cada ser humano a níveis críticos de sangue no corpo foi o relatado pelo médico JianQiang Dai, que registrou a sobrevivência de seu paciente após o valor de 0,7 g/dL de hemoglobina. (Veja na seção EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS).
No início do século XX (1901) o cientista austríaco Karl Landsteiner descobriu que os seres humanos são também diferentes quanto ao sangue. Cada indivíduo possui um tipo sanguíneo diferente. Por essa brilhante descoberta, em 1930, ele ganhou o Prêmio Nobel de Medicina.
Landsteiner verificou que ao colocar certos tipos de sangue em contato ocorria uma reação de aglutinação ou hemólise (dissolução) das hemácias (células vermelhas). Descobriu que isto se devia a presença ou ausência de certos ANTÍGENOS (substâncias que o organismo entende como “estranhas”, “invasoras”) na membrana das hemácias, capaz de atrair ANTICORPOS (proteínas encontradas no plasma sanguíneo que têm a função de destruir ou neutralizar esses antígenos) e gerar uma reação imunológica capaz de causar morte. Isto explicava as várias complicações fatais relacionadas às transfusões de sangue.
Inicialmente verificou que as hemácias apresentavam dois tipos de antígenos: A e B. Isto gerava tipos distintos de sangue. Os indivíduos com hemácias com antígeno A: Grupo sanguíneo tipo A. Aqueles com hemácias com antígeno B: Grupo sanguíneo tipo B. Os indivíduos com os dois antígenos A e B: Grupo sanguíneo tipo AB. Já as pessoas com hemácias sem antígeno A e B: Grupo sanguíneo “zero”, atualmente conhecido grupo sanguíneo tipo O. Daí o conhecido sistema sanguíneo ABO. Um fato vital é que cada tipo sanguíneo carrega ANTICORPOS contra ANTÍGENOS que o indivíduo NÃO possui e, assim, não lhe causa problemas.
Em 1940, Landsteiner e Wiener descreveram um anticorpo produzido no soro de coelhos e cobaias, pela imunização com hemácias de Macacos Rhesus. Estava descoberto um outro sistema sanguíneo, chamado Rh. Trata-se de uma outra proteína que procede como antígeno e que também está localizada na membrana das hemácias, que é o fator Rh. Quando o indivíduo possui esta proteína é chamado Rh positivo. Já as pessoas que não a apresentam são conhecidas como Rh negativo.
Com o avançar das pesquisas, o sistema se revelou na prática bem mais complexo do que a tipificação simplesmente em ABO, Rh Positivo e Rh negativo. A Sociedade Internacional de Transfusão Sanguínea reconhece pelo menos 33 sistemas sanguíneos diferentes, totalizando cerca de 300 marcadores (positivo ou negativo) sobre a membrana das hemácias. Desses, 190 têm alta incidência entre seres humanos. Atualmente, pesquisas apontam para mais de 40 antígenos diferentes pertencentes a este sistema. Alguns exemplos mais conhecidos são os sistemas MN, Kell e Lews, entre outros. Todos estes têm em comum a mesma forma de identificação do tipo sanguíneo, ou seja, o mecanismo antígeno e anticorpo, também capaz de causar reação imunológica fatal, resultando em mortes.
No Brasil, os grupos sanguíneos mais comuns são o O e o A. Juntos eles abrangem 87% de nossa população. O grupo B contribui com 10% e o AB com apenas 3%. O sangue O Negativo é conhecido como universal devido ao fato de não possuir antígenos A e B, e nem o fator Rh. Mas apenas 9% dos brasileiros possuem esse tipo de sanguíneo. É muito utilizado pelos hospitais, principalmente em situações de emergência. O tipo O positivo é o sangue mais utilizado no Brasil.
Cerca de 85% das pessoas têm Rh positivo.
“O bom médico trata a doença; O grande médico trata o paciente que tem a doença”.
— William Osler (Canadian physician, 1849-1919)
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